Os personagens marcantes foram muitos: Bô Francineide, Gardelon, irmão Carmelo, Norminha, Capitão Gay etc. Os bordões que caíram na boca do povo, inúmeros: "tem pai que é cego", "cala a boca, Batista", "muy amigo", "a ignorância da juventude é um espanto", "vai pra casa, Padilha". Em 1973, Jô estreou seu sonhado programa de entrevistas na nova casa, o Globo Gente. Problemas com a censura o retiraram do ar. Nos anos 80, já em época da abertura política, a emissora não apoiou o projeto para um programa de entrevistas com ele. Sílvio Santos aproveitou e atraiu Jô para o SBT com um salário recorde na TV brasileira, perto de 2 milhões de cruzeiros, com direito a programa de humor, “Veja o Gordo” e um talk-show “Jô - Onze e Meia”, que finalmente estrearia em 16 de agosto de 1988. Pouco tempo depois, Jô encerrou a carreira de humorista, passando a se dedicar à imprensa, à música, ao teatro e à literatura. Em 3 de abril de 2000, ele voltaria para a Globo, no Programa do Jô, e entrevistaria aquele que não dava entrevistas, o dono e fundador da emissora, Dr.Roberto Marinho. Os livros Xangô de Baker Street em 1995 e O Homem que matou Getúlio em 1998, marcaram sua nova fase como escritor.
A carreira de Jô Soares foi destaque em vários jornais, incluindo o jornal americano "The New York Times". Com o título de "O showman do renascimento brasileiro não pode ser contido num "talk show'", Larry Rohter falar sobre a carreira do multitarefa Jô, lembrando seu sucesso na TV como comediante, durante a ditadura militar, e os "talk shows" que fez depois, nos padrão americano.
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